inferência em população genérica
Testes e intervalo de confiança para a média (\mu) de uma população genérica com recurso ao teorema do limite central:
X \; \sim distribuição genérica
n \ge 30 (ver dimensão da amostra)
São consideradas duas possibilidades:
variância populacional conhecida (\sigma^2 é conhecida do problema em investigação)
variância populacional estimada pela variância amostral corrigida (\hat \sigma^2 = s_c^2).
Nestas condições, a variável fulcral segue, aproximadamente, a distribuição normal padrão Z:
Assim, considerando que se tratam de aproximações, a inferência segue os mesmos moldes da inferência em população normal quando a variância populacional é conhecida.
procedimento para obter o IC
Conhecida a média amostral (ver medidas amostrais), fixado o grau de confiança 1-\alpha, tendo como pressupondo n \ge 30, uma aproximação do o IC é dada por
em que, com base na distribuição normal padrão Z,

É mostrado, na figura, que o grau de confiança, 1 - \alpha, é colocado no centro da distribuição N(0, 1):

TH com base no p-value
Antes de avançar é necessária a verificação dos pressupostos:
X \sim \text{generica} (X segue uma distribuição genérica)
\mu conhecido (a média populacional é conhecida)
\sigma^2 conhecido (a variância populacional é conhecida)
n \ge 30 (a amostra é suficientemente grande para se usar a aproximação pelo TLC)
- 1. Especificar a hipóteses H0 e H1
\mu_0 é um valor real obtido no problema em investigação
teste bilateral:
H_0:\, \mu = \mu_0 \quad vs \quad H_1:\, \mu \neq \mu_0
teste unilateral à direita:
H_0:\, \mu = \mu_0 \quad vs \quad H_1:\, \mu > \mu_0
teste unilateral à esquerda:
H_0:\, \mu = \mu_0 \quad vs \quad H_1:\, \mu < \mu_0
- 2. Identificar a estatística de teste
Pressupõe-se n \ge 30.
A notação «| \; H_0» designa «sob H0», ou seja, sendo H0 verdade então o valor do parâmetro \mu é o valor real \mu_0 indicado no problema em investigação.
- 3. Obter o valor da estatística de teste
Com base na média amostral e valor \mu_0:
- 4. Calcular o p-value
Consideram-se os três casos.
No que se segue, \Phi(z) = \text{CDF.Normal}(z,\; 0,\; 1).
4a. Calcular o p-value de um teste bilateral
se z_{obs} é negativo então
tabelas: \text{p-value} = 2 \times \Phi(z_{obs})
calculadoras: \text{p-value} = 2 \times \text{CDF.Normal}(lower=-\infty,\;upper=z_{obs},\;\mu=0,\;\sigma=1)
se z_{obs} é positivo então
tabelas: \text{p-value} = 2 \times (1 - \Phi(z_{obs}))
calculadoras: \text{p-value} = 2 \times \text{CDF.Normal}(z_{obs},\;+\infty,\;0,\;1)
4b. Calcular o p-value de um teste unilateral à direita
Independentemente de z_{obs} ser positivo ou negativo:
tabelas: \text{p-value} = 1 - \Phi(z_{obs})
calculadoras: \text{p-value} = \text{CDF.Normal}(z_{obs},\;+\infty,\;0,\;1)
4c. Calcular o p-value de um teste unilateral à esquerda
Independentemente de z_{obs} ser positivo ou negativo:
tabelas: \text{p-value} = \Phi(z_{obs})
calculadoras: \text{p-value} = \text{CDF.Normal}(-\infty,\;z_{obs},\;\;0,\;1)
- 5. Concluir
se \text{p-value} \le \alpha então rejeita-se H0 em favor de H1
se \text{p-value} > \alpha então não se rejeita H0
- 4. Interpretar no contexto do problema em investigação.
Sugestão de interpretação (para o caso em que X é um peso):
«o peso médio (é / não é) significativamente diferente de \mu_0 considerando o nível de significância \alpha=5\% e com base na amostra considerada.»
«o peso médio (é / não é) significativamente maior que \mu_0 considerando o nível de significância \alpha=5\% e com base na amostra considerada.»
«o peso médio (é / não é) significativamente menor que \mu_0 considerando o nível de significância \alpha=5\% e com base na amostra considerada.»
TH com base na região crítica
Antes de avançar é necessária a verificação dos pressupostos:
X \sim \text{generica} (X segue uma distribuição genérica)
\mu conhecido (a média populacional é conhecida)
\sigma^2 conhecido (a variância populacional é conhecida)
n \ge 30 (a amostra é suficientemente grande para se usar a aproximação pelo TLC)
- 1. Especificar a hipóteses H0 e H1
\mu_0 é um valor real obtido no problema em investigação.
teste bilateral:
H_0:\, \mu = \mu_0 \quad vs \quad H_1:\, \mu \neq \mu_0
teste unilateral à direita:
H_0:\, \mu = \mu_0 \quad vs \quad H_1:\, \mu > \mu_0
teste unilateral à esquerda:
H_0:\, \mu = \mu_0 \quad vs \quad H_1:\, \mu < \mu_0
- 2. Identificar a estatística de teste
Pressupõe-se n \ge 30.
A notação «| \; H_0» designa «sob H0», ou seja, sendo H0 verdade então o valor do parâmetro \mu é o valor real \mu_0 indicado no problema em investigação.
- 3. Obter o valor da estatística de teste
Com base na média amostral e valor \mu_0:
No que se segue, \Phi(z) = \text{CDF.Normal}(z,\; 0,\; 1).
- 4. Obter a região crítica.
A região crítica é um intervalo onde se rejeita H0 caso este contenha z_{obs}.
4a. região crítica bilateral
tabelas: z_{critico} = \Phi^{-1}(1-\alpha/2)
calculadoras: z_{critico} = \text{INV.Normal}(1-\alpha/2,\;0,\; 1) (o resultado é positivo)
RC = ]-\infty,\; z_{critico}[ \;\cup\; ]z_{critico},\; +\infty[.
4b. região crítica unilateral à direita
tabelas: z_{critico} = \Phi^{-1}(1-\alpha)
calculadoras: z_{critico} =\text{INV.Normal}(1-\alpha,\;0,\; 1) (o resultado é positivo)
RC = ]z_{critico},\; +\infty[
4c. região crítica unilateral à esquerda
tabelas: z_{critico} = \Phi^{-1}(\alpha)
calculadoras: z_{critico} = \text{INV.Normal}(\alpha,\;0,\; 1) (o resultado é negativo)
RC = ]-\infty,\; z_{critico}[
- 5. Concluir.
se z_{obs} pertence à região crítica então rejeita-se H0 em favor de H1,
se z_{obs} não pertence à região crítica então não se rejeita H0.
- 4. Interpretar no contexto do problema em investigação.
Sugestão de interpretação (para o caso em que X é um peso):
«o peso médio (é / não é) significativamente diferente de \mu_0 considerando o nível de significância \alpha=5\% e com base na amostra considerada.»
«o peso médio (é / não é) significativamente maior que \mu_0 considerando o nível de significância \alpha=5\% e com base na amostra considerada.»
«o peso médio (é / não é) significativamente menor que \mu_0 considerando o nível de significância \alpha=5\% e com base na amostra considerada.»
TH com base no método do IC
Antes de avançar é necessária a verificação dos pressupostos:
X \sim \text{generica} (X segue uma distribuição genérica)
\mu conhecido (a média populacional é conhecida)
\sigma^2 conhecido (a variância populacional é conhecida)
n \ge 30 (a amostra é suficientemente grande para se usar a aproximação pelo TLC)
o TH a efetuar é do tipo bilateral (H_1:\; \mu \neq \mu_0)
- 1. Especificar a hipóteses H0 e H1
\mu_0 é um valor real obtido no problema em investigação.
O método do IC apenas se aplica ao teste bilateral:
H_0:\, \mu = \mu_0 \quad vs \quad H_1:\, \mu \neq \mu_0
- 2. Usar ou determinar o IC
(ver também procedimento para obter o IC)
Se o problema em investigação já dispõe de um IC passa-se para a etapa seguinte.
Pressuposto: n \ge 30
O IC é obtido com grau de confiança 1 - \alpha
O IC, aproximado, é dado por:
- 3. Concluir
se \mu_0 não pertence ao IC então rejeita-se H0 em favor de H1,
se \mu_0 pertence ao IC então não se rejeita H0.
- 4. Interpretar no contexto do problema em investigação.
Sugestão de interpretação (para o caso em que X é um peso):
«o peso médio (é / não é) significativamente diferente de \mu_0 considerando o nível de significância \alpha=5\% e com base na amostra considerada.»
calculadora gráfica
Consulte as funções da calculadora gráfica para o teste Z e IC Z.