Castro Daire
A Vila de Castro Daire,
freguesia e sede de concelho, é composta por aldeias limítrofes numa área dos
cerca de 32,9 quilómetros quadrados: Arinho, Baltar, Braços, Custilhão,
Farejinhas, Fareja, Folgosa, Lamelas, Mortolgos, Mosteiro, Santa Margarida, Vale
de Matos e Vila Pouca, contendo 4578 habitantes.
Geograficamente encontra-se situada num cume de um monte, o seu topónimo tem
origem num antigo castro que se encontrava na parte mais alta deste lugar.
Sabe-se que aqui habitaram romanos devido ao aparecimento de documentos
epigráficos. Havia várias pontes romanas, entre elas, a Ponte Pedrinha, demolida
em 1877 construindo-se a que ainda hoje possui a mesma designação e onde se
encontrou uma lápide podendo data-la da altura do imperador Caio Júlio César.
Está historicamente comprovado que Castro Daire fez parte do padroado real e
posteriormente à Casa do Infantado.
Castro Daire foi dominado pelo julgado da Terra de Moção, cabeça de concelho do
mesmo nome com foral antigo, crê-se de D. Afonso III e foral novo no século XVI.
Teve carta de foro por D. Afonso Henriques e carta de privilégios dada por D.
Dinis. D. Manuel concedeu-lhe foral novo em Lisboa a 14 de Março de 1514.
No que concerne ao património arquitectónico edificado na freguesia
evidenciam-se insígnias de um passado aristocrático, nomeadamente, a casa dos
Fidalgos da Cerca, do século XVIII, que é referenciada por Camilo no “Amor de
Perdição”, e a Casa brasonada dos Aguilares.