Dólmen de Chão Redondo

 

      O dólmen de Chão Redondo nº 1 é um monumento funerário constituído por uma câmara e um corredor, que, infelizmente, se encontra totalmente desmantelado. L. de Albuquerque e Castro identificou apenas dois esteios da câmara e seis (três de cada lado) do corredor.  

Dólmen nº1

    O espólio é constituído maioritariamente por instrumentos líticos - dois machados de xisto anfibólico, de secção oval, uma lâmina de silex de secção trapezoidal, um micrólito triangular, seixos rolados e fragmentos de limonite - e alguns fragmentos de cerâmica lisa.

    O dólmen de Chão Redondo nº 2 é um monumento mais completo, o que permitiu a reconstrução da sua planta. A câmara, da qual só subsistem 4 esteios da cabeceira, tem configuração trapezoidal e o corredor é formado por quatro esteios de cada lado. O comprimento total do dólmen é de 4,60 metros e está orientado para NE.

  Imagens Dólmen nº2  
Antes da reconstrução Após..  
 

 

   Se o espólio recolhido é pobre e tendencialmente arcaizante - lâminas de silex, um machado de xisto anfibólico, uma mó, vários fragmentos de limonite e apenas um fragmento de cerâmica lisa - já a quantidade de insculturas e a variedade temática tornam este dólmen um monumento de referência obrigatória para quem queira estudar o megalitismo Beirão.

    As insculturas localizam-se na pedra mestra, nos dois esteios que a enquadram, num esteio encontrado no interior do monumento e ainda num outro, situado no corredor. Segundo o autor que estudou este monumento, os temas versam sobre combinações geométricas de losangos, linhas onduladas e círculos, e representações figurativas - possivelmente um antropomorfo na cabeceira e zoomorfos no corredor.

    A função por excelência deste tipo de monumentos é funerária, mas podem também ter acumulado outras finalidades como lugares culturais ou marcos territoriais na paisagem.

 

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