Um perigo que pode surgir de um momento para o outro...

 

 

Em 1997, mais precisasmente na altura do Natal, uma epidemia desconhecida alastrou-se no Norte do Quénia, na fronteira com a Somália, e cobrou mais de 250 vidas entre os milhares refugiados que se encontravam na zona, fugindo às últimas inundações.

Na altura a comunidade médica apontou que se tratava do vírus Ebola, porém a Organização Mundial de Saúde (OMS), anunciou que o surto poderia estar associado ao antrax ou à febre amarela, já que a infecção era transmitida pelo mosquito Anopheles.  O que torna difícil de decifrar o que provoca estas mortes é porque os sistomas são muito semelhantes. No final as análises ilibaram o vírus Ebola, o agente infeccioso mais paradigmático de entre aqueles que são conhecidos como perigosos emergentes. É também o mais temido. Prova da sua virulência é que: há 22 anos atrás matou, em poucas horas 500 pessoas no Sudão e no Zaire, e outras 220 em 1995, na República do Cogo e no Gabão apesar de ter contagiado apenas mil pessoas: o número de mortos fala por si...

 

 Para os habitantes do mundo ocidental, estas catástrofes parecem demasiado longínquas. Não têm consciência que a qualquer momento, qualquer deste vírus exótico pode apanhar o avião e apresentar-se sem aviso prévio no mundo rico. Se isso acontecesse, os estragos seriam inimagináveis, já que a medecina não sabe como combatê-los.

 Diversas equipas especializadas, como é o caso do Center for Disease Control (CDC) de Atlanta, na Geórgia (Estados Unidos), criada em 1975, tem como principal função o estudo das epidemias desencadeadas por microorganismos infecciosos. E para identificar e estudar, sem risco, os agentes infecciosos mais mortíferos, como os vírus das febres hemorrágicas, da sida e da hepatite, alguns países contam com laboratórios de alta segurança. Pois é em momentos cruciais, quando em algumas horas podem significar a diferença entre a vida e a morte para centenas de pessoas, é que se dá o devido valor à importância de poder contar com esses laboratórios especializados.

A CDC entre muitos êxitos destacam o de Janeiro de 1977 o isolamento da misteriosa Legionella pneumophilia, a bactéria que provoca a doença do legionário.

 

 

 

 

 

 

Legionella pneumophilia

 

Todos os riscos são previstos e evitados no laboratório de alta segurança:

    *Toda a canalização do complexo é subterrânea;

    *As paredes são cobertas com tinta impermeável;

    *As tomadas eléctricas são seladas;

    *O pessoal utiliza fatos herméticos com escafandros ligados a uma fonte de ar pressurizado;

    *Todos os compartimentos são estanques, isolados do exterior por uma série de tambiques que é preciso atravessar antes de ter acesso à zona quente, o local onde se realizam as manipulações perigosas;

    *O ar das salas é mantido a baixa pressão, para que nada possa escapar para o exterior. Antes da evacuação desse mesmo ar ele é cuidadosamente filtrado. Os restantes resíduos passam por um processo semelhante;

    *Antes de o pessoal sair, tomam duche, durante cerca de sete minutos, com um potente desinfectante.

 

 Ainda há poucos países com este tipo de laboratórios. Os Estados Unidos têm os de Atalanta (como foi já referido), e Plumb Island, além os de uso militar. Os restantes

 

Mosquito Anopheles

 

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