Portas de Comunicações

Portas Série (COM)

As portas série são portas de comunicações, que transmitem e recebem informações em série, bit a bit.

É um processo mais lento do que as comunicações pela porta paralela.

A vantagem destas portas, reside no facto de na versão mais simples serem apenas utilizadas três linhas para o exterior. Uma linha terra, uma linha para transmitir e outra para receber.

A porta é conhecida por RS-232C e tem dois protocolos de comunicação em série: o V-24 para comunicações assíncronas, e o V-28 para todas as especificações do RS-232c

 

Fichas de ligação e sinais de protocolo

De pois do modelo standard foram implementadas mais 17 linhas, as mais importantes são exemplificadas na tabela seguinte.

 

Linhas Básicas da Porta RS-232C

Linha

Abreviatura

Função

Ficha Db 9

Ficha Db 25

Transmited Data

TxD

Linha de transmissão de dados

3

3

Received Data

RxD

Linha de recepção de dados

2

2

Request to Send

RTS

Pedido de autorização para transmitir

7

4

Clear to Send

CTS

Autorização de transmissão

8

5

Data Set Ready

DSR

O receptor informa que está preparado para receber dados

6

6

Data Terminal Ready

DTRY

A unidade está activa para as comunicações

4

20

Ring Indicator

RI

Indicador do sinal de chamada

9

22

Data Carrier Detector

DCD

O modem informa que existe portadora na linha telefónica

1

8

Signal Ground

GND

Linha de terra lógica

5

7

 

Ficha Série de 25 pinos

Os pinos fundamentais para estabelecer uma comunicação em série são apenas 8.

 

·  Pino nº 1 – frame groud é o responsável pela ligação da estrutura dos equipamentos e da malha do cabo de comunicaçõe. (este pino não é obrigatório

·  Pino nº 2 – é o pino de transmissão de dados, os níveis lógicos variam entre + 12 V para valor lógico zero e – 12 V para o nível lógico um.

·  Pino nº 3 – é o pino de recepção de dados.

·  Pino nº 4 – é a linha por onde é feito o pedido de autorização para transmitir, é efectuado com a colocação de um 1 lógico nesta linha.

·  Pino nº 5 – neste pino é dada a resposta ao pedido de autorização para transmitir, o equipamento que vai receber os dados coloca um 1 lógico nesta linha para dar a autorização de transmissão.

·  Pino nº 6 – o equipamento que vai receber coloca um 1 nesta linha para informar que está preparado para receber dados.

·  Pino nº 7 – linha de terra ou 0 V, para os sinais lógicos.

·  Pino nº 8 – o valor lógico 1 neste pino informa o equipamento de transmissões que a linha telefónica é portadora de sinal e as comunicações podem ser feitas.

·  Pino nº 20 – Quando o equipamento de transmissão ou de recepção tem a porta de comunicações preparada, esta linha toma o estado lógico 1.

 

Na ficha de 9 pinos a ordem de ligação é diferente mas a função das linhas é a mesma.

 

Comunicações Síncronas e assíncronas

Nas comunicações síncronas o sincronismo pode ser feito de formas variadas, pode-se utilizar mais uma linha para fazer o sincronismo com o clock pulse, comum aos 2 equipamentos, outra técnica é fazer a sincronização dos sinais em simultâneo com a transmissão de dados pelas mesmas linhas de comunicações, sincronizando os osciladores de transmissão e de recepção byte a byte.

De acordo com o protocolo RS-232c, deverá ser enviado um impulso de sincronização no início da transmissão do byte, Start-bit, e outro no fim, Stop-bit. O número de bits a transmitir pode variar entre 5 a 8 bits, mediante o que foi programado nos dois computadores.

Na figura seguinte temos um diagrama temporal do sinal de comunicações em série.

Quando não há informação a ser transmitida, a linha de saída de dados adquire o estado lógico 1. A sincronização das comunicações é feita quando esta linha muda do estado de repouso, 1 para 0, a esta transição chama-se Start-bit.

 

Ligação de dois equipamentos

Na figura seguinte, esquematizamos o cabo de comunicações da porta série numa ligação normal.

 

 

O pino número 7 está ligado directamente ao pino 7 do outro equipamento, é o signal ground.

Os pinos 4 e 5 são cruzados, pelo pino 4 é pedida a autorização e pelo pino 5 é recebida a outorização.

Os pinos 2 e 3 também são cruzados porque o pino 2 é o pino de transmissão e o pino 3 é o pino de recepção.

No pino 1 é ligada a estrutura metálica.

O pino 8, DCD, permite as comunicações quando lhe é fornecido á sua entrada o valor lógico 1. Para isso liga-se ao pino 6, DSR, que informa que os dados se encontram em condições para serem transmitidos, colocando um 1 lógico na sua saída, e, através do cabo vamos ligar estes dois pinos ao pino 20, DTRY, da ficha do outro equipamento, este pino coloca 1 lógico na sua saída quando o equipamento tem a porta activa para transmitir ou receber.

A comunicação pela porta série pode ser simplificado quando a ligação se faz directamente entre dois equipamentos sem a utilização de modems, o cabo pode ter apenas 3 ou 4 fios.

 

 

Este processo baseia-se na retroacção de sinais, os pinos 4 e 5 estão ligados um ao outro na mesma ficha, o computador autoriza-se a si próprio assim como os pinos 6, 8 e 20, criando as condições para a transmissão de dados. 

 

Portas paralelas LPT

Nas portas paralelas as comunicações são feitas byte a byte, como é o caso da comunicação com as impressoras. O cabo tem de ter mais condutores, visto ser necessário transmitir 8 bits de cada vez.

A utiliza da ROM de Bios é feita com o interrupt 17h que tem só 3 funções

·    A função 0, AH =00, envia para a impressora o conteúdo de AL.

·    A função 1, AH =01, inicia a impressora.

·    A função 2, AH =02, lê o estado da porta.

Comunicações com impressora

 

Esquema do Cabo da Impressora

Computador

pino nº

 

Impressora

pino nº

Nome do sinal

1

1

– Strobe (sinal de sincronismo da transferência do byte para a impressora)

2

2

D0 (linha de dados do bit 0)

3

3

D1 (do bit 1)

4

4

D2 (do bit 2)

5

5

D3 (do bit 3)

6

6

D4 (do bit 4)

7

7

D5 (do bit 5)

8

8

D6 (do bit 6)

9

9

D7 (do bit7)

10

10

– Ack (sinal de retorno da impressora após ter recebido o byte)

11

11

– Busy (a impressora está ocupada a escrever)

12

12

Pe (impressora sem papel)

13

13

Slct (a impressora informa que está online)

14

14

– Auto feed (avanço automático de uma linha)

15

32

– Error (erro de transmissão de dados)

16

31

– Init (inicia a impressora)

17

36

Slct in (coloca a impressora online)

18-25

18-25

Gnd (pinos de ligação da terra lógica)

 

O sinal () antes do nome do pino informa que o sinal é activo em zero, o sinal executa a função quando tem o valor lógico zero.

Quando o computador envia um byte para a impressora (41h, a letra A) coloca-o no registo cujo endereço é o da porta seleccionada, 378h no caso da porta LPT1. Seguidamente é gerado um impulso na linha strobe, para informar a impressora que existe um byte no bus de dados que deve ser guardado. Após o registo desse byte no buffer, a impressora responde com um impulso na linha Acknowledge (Ack) informando o computador que o byte foi recebido em boas condições.

 

 

Ligação de dois computadores pela porta paralela (LPT)

É preciso um cabo especial com duas fichas DB-25 macho, como mostra a figura seguinte.

As linhas Busy, Ack, PE, Error, SLCT, são linhas de entrada da porta paralela que podem ser utilizadas como entrada de dados, as linhas de saída são D0, D1, D2, D3 e D4.

 

 

Ligação entre pinos

 

Esquema do Cabo de Ligação entre dois Computadores

Computador 1

pino

 

Computador 2

pino

2

15

3

13

4

12

5

10

6

11

15

2

13

3

12

4

10

5

11

6

 

Este cabo pode ser utilizado com o programa Lap Link, podemos transferir cinco bits de cada vez nos dois sentidos, para isso devemos enviar o byte de em dois blocos de 4 bits devidamente sincronizados. Com um sinal semelhante ao strobe.

 

Esquema do Sincronismo

 

D0

à

Bit 0

à

Error

 

Error

ß

Bit 0

ß

D0

D1

à

Bit 1

à

SLC

 

SLC

ß

Bit 1

ß

D1

D2

à

Bit 2

à

PE

 

PE

ß

Bit 2

ß

D2

D3

à

Bit 3

à

ACK

 

ACK

ß

Bit 3

ß

D3

D4

Linha de sincronismo à

Busy

 

Busy

Linha de sincronismo ß

D4

 

Portas USB

As portas USB foram desenvolvidas com a finalidade de serem portas universais para todos os periféricos e de fácil instalação.

Estas portas podem ser divididas em três grupos.

·    Portas de baixa velocidade para unidades interactivas (ratos, teclados, etc.), a sua velocidade vai de 10 a 100 Kbits por segundo.

·    Portas de média velocidade para unidades de áudio com velocidades de 500 Kbits a 10 Mbits por segundo.

·    Portas de alta velocidade para unidades de vídeo e armazenamento de dados, com velocidades de 480 ou mais Mbits por segundo.

 

Pinos de Ligação em Portas USB

Pino

Nome

Descrição

1

VCC

+5 Volts

2

D –

Dados –

3

D +

Dados +

4

GND

Terra