Leça do Balio é uma freguesia portuguesa do concelho de Matosinhos, com 8,88 km² de área e 15 673 habitantes (2001). Densidade: 1 765,0 hab/km². Até 13 de Maio de 1999, a sua designação oficial era de Leça do Bailio.
Foi sede do antigo couto de Leça do Balio que existiu entre 1123 e 1835. Era constituído pelas freguesias de Aldoar, Custóias, Infesta e Leça do Balio. Tinha, em 1801, 2 982 habitantes. Hoje compreende os lugares de : Agrela, Araújo, Arroteia, Catassol, Custió, Gondivai, Mainça, Monte da Mina, Recarei, Monte do Vale, Padrão da Légua, Pedregal, Pintas, Ponte de Moreira, Ponte da Pedra, Recarei, Recarei de Baixo, Recarei de Cima, Santana, Santeiro, S. Sebastião, Seixo e Souto. É uma freguesia com território de relevo fácil, sendo atravessada pelo Rio Leça
Património:
* Mosteiro de Leça do Balio ou
Igreja do Antigo Mosteiro de Leça do Balio ou Igreja de Santa Maria de Leça do
Balio
* Capela do Encontro
* Capela de São Félix
* Casa de Recarei ou Quinta do Alão (jardins e elementos escultóricos
atribuídos a Nicolau Nasoni)
* Quinta de Fafiães (casa, capela e tanque).
* Quinta do Chantre, (Alameda das Tílias, casa, capela, chafarizes do terreiro,
janela do jardim e portada)
* Capela de Santana
* Igreja de S. Pedro do Araújo
* Ponte da Ponte da Pedra
Há indícios de existência de monumentos megalíticos em freguesias vizinhas, nomeadamente em Custóias, o que pode significar que já no Neolítico, há cerca de 5000 anos, haveria a utilização do território onde hoje está implantada a freguesia de Leça do Balio.
Há também indícios de um pequeno castro (povoado da Idade do Ferro) na elevação de Recarei, hoje lugar de S. Sebastião.
Uma das mais significativas descobertas arqueológicas da região, foi recolhida por volta de 1945, na Quinta do Alão. Trata-se de uma área com uma inscrição dedicada ao Deus Júpiter “ Flavus, filho de Rufo, cumpriu de boa mente o voto a Júpiter, Óptimo e Máximo”. Na Ponte da Pedra, sobre o rio Leça, existe uma ponte em pedra que é atribuída aos romanos e que serviria de ligação do Porto (Portus) a Braga (Bracara Augusta) via essa que bifurcaria em Braga em duas vias, uma para Chaves (Aquea Flavia) e outra para as Astúrias. Há outra ponte de origem romana existente em Leça do Balio, próximo do Araújo, a ponte dos Rufos ou da Azenha.
Durante a dominação romana foi significativa a fixação de pequenas comunidades agrícolas, (sec. III e IV), o que deu origem ao povoamento disperso. São estas comunidades que durante o início da Idade Média (sec. VII) deram origem aos pequenos lugares e paróquias rurais.
Com a queda do Império Romano na Península Ibérica, foi esta freguesia povoada, aliás como todo o Portugal, por vários povos: Suevos, Visigodos e Árabes.
Aquando da reconquista cristã da península, os nobres senhores de Leão, Astúrias e mais cavaleiros francos, começaram a desenvolver as actividades no condado Portucalense. Embora dependente do adiantado da Galiza, esses barões de Riba-Douro (conforme diz Fernão Lopes) foram o embrião de todo o desenvolvimento nos Sec. X e XI até á independência de Portugal (1140).