[46]
Isto pode também servir de ponto de partida para explicar a
relativa escassez de elipse do nome em Inglês: nesta
língua, a flexão de [±género]
é rara nos nomes e inexistente nos adjectivos e
quantificadores. Em Inglês, não haveria elipse do nome
por falta de flexão identificadora.
[48]
Segundo Williams, a
relação entre a flexão e a especificidade
é acidental: noutras línguas haverá outros meios
de marcar a especificidade. Penso que a mesma ideia pode ser invocada
para os especificadores aqui invocados: os demonstrativos e os
possessivos são específicos porque são
flexionados, mas os quantificadores, por exemplo, são
específicos porque são
[+partitivos].
[50]
Esta ideia pode obviamente ser alargada a todos os constituintes
flexionados no DP, em especial ao adjectivos, mas não aos
quantificadores (ver nota anterior).
[51]
O Programa Minimalista considera por seu lado que tanto as
informações de género como as de número
são fornecidas pelo léxico, e devem ambas ser
verificadas em Sintaxe. Cf Chomsky (1993)
[54]
Esta explicação não é válida
obviamente para todos os quantificadores, nem para os numerais
superiores a dois: se muitos manifesta flexão de
[±género], não é o caso de
plusieurs, nem de beaucoup ou cinco. Para os
quantificadores, a especificidade deve ser ligada preferencialmente a
uma interpretação partitiva. Cf. Nota 45,
p.108