[52] Mesmo se o DP contem informação nova (e portanto não específica), um sub-conjunto pode ser formado dentro de um conjunto denotando o tipo. É o caso com adjectivos como outro.
[53] É o caso dos pronomes com significado partitivo quelques-uns e tous. A diferença entre eles é que o primeiro denota um conjunto que é propriamente incluído noutro conjunto, enquanto tous denota um conjunto que é idêntico ao conjunto de referência . Neste último caso, há inclusão imprópria.
[55] Mais precisamente, a agramaticalidade de (86) é o resultado da Minimalidade Relativizada: a regência estrita de pro pelo quantificador, ou antes pelo núcleo vazio da projecção funcional que tem o quantificador no seu especificador, via concordância Especificador-Núcleo, é bloqueada pela presença de uma projecção funcional intermediária que contem o adjectivo intransitivo intéressante no seu especificador: o núcleo funcional intermediário é um regente por núcleo potencial, mas o seu especificador não o marca com [+partitivo], pelo que a frase é má.
[56] Ver a definição p.16
[57] Não é assim preciso assumir que quantificadores e adjectivos sejam núcleos de projecções funcionais de NP, como faz Lobeck (1995)
[58] Sleeman nota que os legitimadores de NPs podem ser o especificador de praticamente qualquer projecção funcional de NP, o que levanta a questão de saber por que é que os núcleos funcionais intermédios vazios não bloqueiam a regência estrita. Sleeman sugere que, além da Concordância Especificador-Núcleo, há a Concordância Núcleo-Núcleo, de maneira que o especificador de uma projecção funcional superior possa legitimar o NP vazio, embora haja projecções funcionais intermédias. Outra hipótese é que as projecções funcionais intermédias não têm efeito bloqueador quando (e só quando) são vazias, ou que as projecções funcionais só são projectadas se são precisas para abrigar material lexical (ou traços lexicais).
[61] Sleeman assume, com Enç (1991), que os DPs definidos e os DPs sujeitos têm necessariamente uma interpretação específica.
[62] Relativamente a (89b), Sleeman assume que as relativas restritivas são legitimadas como predicados, e são adjuntos à direita de NP. Como tal a Minimalidade Relativizada não impede a regência estrita da categoria elíptica, o que explica a gramaticalidade de (89b).
[64] Sleeman nota que os adjectivos de cor são uma excepção: one pode ser deixado de fora. Por isso o exemplo a seguir é aceitável, mesmo sem one:
(i) the green (one) suits you very well
[66] Existem no entanto algumas divergências entre as duas línguas. O NP pro não só deve ser formalmente legitimado mas também tem que ser ligado a um antecedente, o que só é possível se o DP sem nome tem uma leitura específica. Por isso, o facto de o DP indefinido não ter geralmente leitura específica justifica que (i) é mau. No entanto, (ii) é bom em Inglês:
(i) * j'ai lu trois pro (ii) i have read three pro
Para explicar este contraste, Sleeman sugere que o requerimento de identificação para NP pro tem a ver com o facto de o Francês ter en, uma variante explícita do pronome vazio que é usado no caso do DP sem nome ter uma leitura não específica. Já que o pronome vazio NP em Inglês não tem uma variante explícita, Sleeman conclui que a específicidade não é exigida para a sua legitimação.
[70] Os adjectivos transitivos portam-se como relativas reduzidas, e são legitimados como predicados dentro do DP. Como estes AP predicados não são gerados nas projecções funcionais de NP, não podem legitimar a elipse do nome, porque não podem reger estritamente o NP. Isto também explica porque os demonstrativos só se podem combinar com adjectivos transitivos --e relativas-- e não com atributivos. Se o pronome ceux deve necessariamente seleccionar um nome vazio, não o pode fazer se tiver um adjectivo atributivos intermediário:
(i) *ceux capables pro (ii) ceux pro capables de me plaire
[71] Esta última análise poderia ser alargada ao caso geral, em que aparece um elemento partitivo legitimador. Mas para Sleeman, é então o adjectivo e não o artigo que legitima a elipse, porque estes adjectivos --cardinais, ordinais e adjectivos N-partitivos-- são adjectivos inerentemente atributivos que podem legitimar a elipse do nome. Também é verdade para os adjectivos de cor, e adjectivos de qualidade com significado claramente discriminativo como grande.
[73] Acrescente-se que as configurações referidas também devem respeitar a Minimalidade Relativizada.

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