[23] A análise de Kester retoma as conclusões de Lobeck (1995): pro referencial e pro elíptico têm mecanismos de legitimação formal idênticos, mas diferem em termos identificação.
[24] Como vimos, Lobeck (1995) propõe que as categorias lexicais em Inglês são automaticamente excluídas da legitimação de elipses porque não têm traços fortes.
[26] Note-se que o mesmo problema se colocou a Lobeck (1995), que sugeriu primeiro para os adjectivos pré-nominais a posição [Spec,NP], e depois se viu forçada a admitir que, na medida em que podiam legitimar nomes nulos quando flexionados, estes adjectivos não podiam ser Especificadores de NP.
[28] A CPG corresponde a uma relação parte/todo: o 1º constituinte, de tipo Q, tem escopo sobre o domínio denotado pelo adjectivo: algo terrível denota algo entre as coisas terríveis. Sendo assim, parece-se com a construção partitiva, em que há domínio e sub-domínio de quantificação: a CPG também é referida como genitiva porque o adjectivo tem caso, é o [-s] de iets, igual ao morfema genitivo do tipo Jans auto:
[31] Note-se também que a presença dessa FP de traço [+massivo] está na origem da proibição de adjectivos múltiplos nesta construção em Neerlandês. Para Kester, o D [+massivo] é que selecciona essa categoria funcional especial FP, de tipo [+massivo]. Obviamente, essa selecção bloqueia a presença de outros adjectivos, já que só uma projecção funcional pode ser seleccionada por D.
[33] Dai o rótulo atribuído.
[34] Características citadas são a possibilidade de os nomes serem usados no singular, de terem morfologia plural, e de serem usados sem D (como bare plurals)
[35] [-s] representa o morfema plural habitual dos nomes em Neerlandês.
[36] É importante salientar que este morfema só é realizado em adjectivos quando pro tem traços inerentes: se pro não os tem, por exemplo em caso de elipse, então o morfema [-n] é agramatical, como mostra (i) (obviamente, (i) só seria gramatical no caso de não haver elipse: groenen representaria os verdes (ecologistas))
(i)* De rode boeken liggen naast de groenen pro Os livros vermelhos estão ao lado dos verdes
[38] Kester adianta que esta explicação é interessante por razões empíricas (em muitas línguas há morfologia flexional e nomes nulos) e teóricas (esta hipótese é suportada pela explicação dada habitualmente para os sujeitos nulos das línguas pro-drop). Morfologia rica parece ser de crucial importância para a legitimação e identificação de ambos sujeitos nulos e nomes nulos.
[[41] Em Sueco, existem os mesmos casos referidos:
(i) ett rött hus och [ett vitt] uma casa vermelha e uma branca
(ii) du är [den ende] jag älskar Es o único que eu amo
(iii) [D enda] du kan görä är att vänta. A única coisa a fazer é esperar
[44] Sobre o adjectivo interessante cf. Sleeman (1996:14), em que je n'ai pas entendu l'intéressante é dado como não gramatical.
[46] Tudo isto confirma, aliás, que em los ricos, ricos é um adjectivo e não um nome, já que lo nunca é encontrado com nomes.

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