Lamego

Cidade e sede
de concelho do distrito de Viseu, situa-se na margem esquerda do
rio Balsemão, no sopé nordeste da serra de Montemuro, 12 km a
sul do rio Douro. Povoação de origem muito remota era um núcleo
muito importante e chegou a ser sede de bispado no período suevo
(século VI) e visigótico. Foi reconquistada aos Mouros, a título
definitivo, por Fernando Magno em 1057. No século XIII, Lamego
era um importante centro administrativo e económico, em parte
relacionado com a fixação de um significativo núcleo de judeus
que se dedicavam ao trabalho de metais, comércio e mesmo
medicina. O concelho de Lamego (164 Km2), de topografia bastante
acidentada, entre a serra de Montemuro e o Douro, é
essencialmente agrícola. Produz vinhos afamados, fruta, cereais
e carnes, nomeadamente porcos, de que se faz o saboroso
presunto. 
A cidade de Lamego, situada na zona vinhateira do Douro,
conheceu um período de prosperidade (século XVIII a meados do XIX) ligado ao apogeu
do vinho do Porto. Depois da filoxera e com a alteração dos circuitos
comerci
ais,
a cidade perdeu parte da função de entreposto, vivendo bastante da população flutuante
que frequenta os estabelecimentos de ensino secundário e pela
que presta serviço na importante unidade militar.
Possui destilarias de aguardente e importantes caves vinícolas, que, inclusivamente, produzem um vinho espumante muito apreciado. Do ponto de vista monumental, a cidade é muito rica.
A
sé é um
edifício muito antigo que foi sujeito a imensas e profundas
alterações ao longo dos tempos. Da época medieval subsistem o
castelo
- o conjunto de muralhas, a torre de menagem quadrangular e a
cisterna - e a igreja de
Almacave
, templo românico já fora dos muros. Dos finais do século XVI,
princípios do XVII, embora com adornos interiores de talha
barroca posteriores, são as igrejas de Santa Cruz e do Desterro
.

O período do Barroco é, de facto, o mais bem representado
tanto na arquitectura civil - diversos palácios - como na
religiosa. Merecem, no entanto, destaque o Paço Episcopal, hoje
museu ,
e o
Santuário da Senhora dos Remédios , situado na colina
fronteira ao morro do
castelo,
com uma escadaria monumental e a igreja já rocaille, porque a
construção, iniciada nos meados do século XVIII, se prolongou
até ao XX.
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