Parque Natural do Alvão

Com um relevo variado, o parque natural do alvão apresenta definidas duas importantes áreas: uma zona mais alta (que chega aos 1339 metros de altitude), abrangendo a serra do Alvão e o planalto de Lamas de Olo, e uma zona basal (até aos 250 metros), onde estão localizadas as povoações de Ermelo e de Fervença e os vales por onde corre o rio Olo.

Nesta zona de montanha, os rigores do inverno são bastante pronunciados. Pelo menos uma vez por ano, todo o parque se cobre com um enorme manto branco.

Na primavera, no verão e no outono, as áreas florestais do alvão pintam-se de cores quentes. Com uma enorme biodiversidade florística, entre várias espécies raras ou endémicas como o cravo-dos-alpes ou a açucena-brava, encontramos carvalhos, vidoeiros, azevinhos, castanheiros, pilriteiros e muitas outras espécies de flora.

Criado em 1983, o Parque Natural do Alvão localiza-se no Norte de Portugal, no distrito de Vila Real, e abrange os concelhos de Mondim de Basto e Vila Real.

Outrora, entre as zonas mais elevadas do sistema montanhoso do Alvão e do Marão, era possível avistar com frequência a emblemática águia-real, hoje praticamente extinta. Actualmente, subsistem no interior do parque diversas espécies faunísticas, típicas de montanha. É o caso do lobo, do gato-bravo, da toupeira-de-água e do falcão-peregrino, entre outras.
 

À medida que subimos pela serra, desencantam-se vales profundos, com pequenos retalhos verdes em socalcos, característica da paisagem rural desta área protegida. A utilização dos lameiros pelo gado maronês é outras das particularidades associadas às pequenas comunidades de montanha. A criação desta raça é, aliás, uma das actividades económicas mais importantes das populações da região.

 

 

Na aldeia de lamas de olo não há pressas e os dias passam devagar. O recolher do gado ao fim do dia é uma das tarefas rurais, a par de muitas outras, como as malhas do centeio, do milho e do feijão, as desfolhadas e as vessadas (em que se prepara a terra para as próximas sementeiras). A matança do porco, a confecção do fumeiro e o fabrico do pão completam o dia-a-dia dos seus habitantes.
 

Aqui e nas aldeias de Lamas de Olo, Ermelo e Barreiro ainda é possível encontrar casas tradicionais construídas em xisto, colmo e granito, muitas das quais recuperadas com a colaboração dos serviços do Parque Natural.

Como que numa corrida desenfreada, os cursos de água das zonas mais elevadas do parque correm por entre gargantas e vales apertados. Alguns acabam parte do seu percurso em precipício, como é o caso da queda de água do Moinho de Galegos da Serra ou, como é mais conhecida nessas paragens, as Fisgas do Ermelo. Esta última, com um desnível vertiginoso de cerca de 250 metros e uma beleza singular, algo misteriosa, é o símbolo do parque, pelo que constitui uma das paragens obrigatórias para quem visita o Alvão pela primeira vez.

 

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