Porto
Separado pelo rio Douro das grandes caves do vinho afamado ao qual
deu o seu nome, o Porto é a segunda maior cidade de Portugal e existe um
certo
sentimento
de rivalidade em relação a Lisboa.
Mas embora as suas antigas raízes tenham sido preservadas com orgulho,
um comércio próspero e eficaz transforma-o numa cidade moderna e a sua
tradicional importância como centro industrial não diminui o encanto e
carácter dos seus bairros
antigos ou mesmo do bulício das novas
avenidas, ladeadas de centros comerciais ou tranquilos blocos
residenciais.
A área em redor da Sé merece ser explorada, com os seus diversos
monumentos, como a igreja renascentista de Santa Clara e o apinhado
bairro do Barredo, que parece não ter mudado desde tempos medievais.
À beira-rio, o bairro da Ribeira torna-se fascinante com as suas ruelas,
casas típicas e população pitoresca: foi recentemente restaurado e
inclui, agora, bares e restaurantes em voga.
Igualmente animado e colorido é o mercado do Bolhão, onde se pode
comprar quase tudo, mas bem perto ficam as joalharias e lojas de artigos
de pele mais elegantes da Baixa.
A cidade do Porto oferece muitas outras atracções, monumentos e museus,
assim como um calendário cultural cada vez mais preenchido. Com uma
gastronomia bem conhecida e população hospitaleira, também constitui o
ponto de partida para a experiência inesquecível de subir o rio Douro.
Sé Um edifício de estrutura românica, dos séc. XII e
XIII, vindo a sofrer grandes remodelações

no período barroco. No exterior, conserva ainda o aspecto de uma igreja
fortaleza, com ameias. Da Sé fazem parte as imagens da Nossa Senhora da
Vandoma (séc. XIV), o "altar de prata", importante claustro gótico, o
"claustro velho", a capela de S. Vicente, uma escadaria nobre que dá
acesso ao pátio superior do claustro gótico, "casa do cabido", onde
estão expostas notáveis esculturas religiosas (séc. XIV e XVIII). De
salientar a Tesouro da Sé, constituído por 150 alfaias do culto,
paramentos, pratas e
livros litúrgicos dos séc. XV a XIX.
Torre dos Clérigos
Obra de Nicolau Nasoni, construída durante o séc. XVIII,
em estilo barroco. Destaca-se o interior da igreja decorada com talha
barroca-rococó, o retábulo policromado de Manuel Porto e a imponente torre de 75,60 m
Igreja do Carmo Desenho do arquitecto José de Figueiredo Seixas, esta Igreja de fachada barroca foi construída, entre 1756 e 1768, pela Ordem Terceira do Carmo. O hospital surgiria mais tarde, ficando pronto em 1801. As Ordens Terceiras têm particular importância na história da Cidade. Trata-se de
agremiações formadas ao lado das ordens monásticas tradicionais,
correspondendo, no Porto, a um assinalável surto de riqueza, ávido de
influência social organizada. Deste modo, à actividade benemérita
associava-se uma legítima intenção política, ajustada à Igreja,
ao
Estado e ao espírito do Iluminismo. A fachada lateral da Igreja do
Carmo, voltada a Oeste, está revestida por um imponente painel de
azulejos, datados de 1912, representando o ajuntamento dos Cristãos no
monte Carmelo, para assistirem ao destino do repto lançado aos Pagãos.
No cimo, é possível vislumbrar a nuvem do milagre, com a Virgem ladeada
por uma corte de anjos. Esta composição foi traçada por Silvestre
Silvestri, pintada por Carlos Branco e executada na fábrica da Torrinha,
em Gaia. Vale ainda a pena apreciar o portal, rectangular, flanqueado de
duas esculturas religiosas, e o corpo superior da frontaria, com
esculturas e coruchéus. No interior, destaque para a excelente talha
dourada, nas capelas laterais e no altar-mor
Cedofeita Church É uma igreja particular na
arquitectura românica portuguesa por ser o único edifício com
uma só
nave coberta por abóbada de pedra, explicando a presença de densos
contrafortes exteriores nas paredes laterais. Espacialmente é formada
por uma nave, e cabeceira quadrangular separada por arco-cruzeiro
assente em capitéis calcários.
Igreja da Lapa
A Irmandade de
Nossa Senhora da Lapa foi instituída em 1755 pelo Papa Benedito XIV. No
ano seguinte assiste-se à fundação da Igreja actual, cuja primeira pedra
foi lançada em 17 de Julho, edifício que viria a substituir uma capela
que se revelara incapaz para acolher os devotos que aí acorriam.Igreja de Santo Ildefonso Edificada a
partir de 1709, por se encontrar em ruínas a primeira igreja, ficou
concluída a 18 de Julho de 1739. A nave é de tipo poligonal em estilo
proto-barroco. Por cima do entablamento ergue-se o nicho do padroeiro.
Tem torres sineiras com dentilhões nas cornijas, rematadas em cada face
por esferas e frontões de fantasia. Guarnecem as paredes azulejos de
Jorge Colaço (1932), com cenas da vida de Santo Ildefonso.
Igreja de S. Francisco É talvez a igreja mais emblemática da cidade do Porto. O seu aspecto singelo contrasta com a riqueza e luxo interiores. A igreja foi construída no início do século XIV. De salientar na fachada de estilo gótico a rosácea e o portal. O interior é totalmente revestido a talha dourada barroca e rocócó. Destacam-se no templo as capelas circundantes à nave. Na capela de S. João Baptista existe um retábulo representando o Baptismo de Cristo no rio Jordão.
Estação de São Bento Construída no local de um antigo
convento, foi completada em 1916. Actualmente, destina-se apenas a
comboios regionais. No interior, os imensos painéis de azulejos de Jorge
Colaço, representando cenas históricas, conferem-lhe uma rara beleza
artística.
Palácio da Bolsa
Monumento
Nacional, propriedade e sede da Associação Comercial do Porto, foi
construído em estilo neoclássico na segunda metade do séc. XIX. Situado
no centro histórico da cidade, é um dos
monumentos mais visitados, nele
s destacando o famoso Salão Árabe.Ponte D. Luís I Por proposta de Lei de 11/02/1879 o governo
determina a abertura de concurso para a "construção de uma ponte
metálica sobre o rio Douro, no local que se julgar mais conveniente em
frente da cidade do Porto, para a substituição da actual ponte pênsil".
Foi vencedora a proposta da empresa belga Société de Willebroeck, com
projecto do Engenheiro Teófilo Seyrig. Teófilo Seyrig que, já fora o
autor da concepção e chefe da equipa de projecto da Ponte Maria Pia,
enquanto sócio de Eiffel, assina como único responsável a nova e
grandiosa Ponte Luís I. A
construção iniciou-se em 1881 e foi inaugurada
em 31 de Outubro de 1886. O arco mede 172 m de corda e tem 44,6 m de
flecha.

A cidade genuína é visível no bairro da Ribeira, situado junto ao rio. Ruas estreitas e sinuosas, arcadas sombrias, casas típicas com fachadas coloridas num local que preserva o encanto dos lugares marcados pela história, pleno de contrastes e singularidades. À noite, a Ribeira adquire movimento e animação, sendo um dos locais de eleição, devido à proliferação de aprazíveis restaurantes, esplanadas e clubes nocturnos.
Museu do Vinho do Porto Situado num armazém do séc. XVIII, dos Vinhos da Companhia Geral da Agricultura da Vinhas do Alto Douro, pretende assumir-se como centro de informação do Vinho do Porto, motivando os visitantes à descoberta da história comercial da cidade relacionando-a com o vinho de renome mundial.
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