Crianças com Transtorno Fonológico (TF) são heterogêneas no que diz respeito às suas manifestações de fala e de linguagem. Às vezes, tais crianças são inconsistentes em sua produção, mas são capazes de produzir os sons; outras vezes são consistentes nos seus erros e não conseguem produzir o som. A indicação feita por modelos teóricos que estudam o desenvolvimento da fala de que há inter-relação entre os processamentos motor da fala, cognitivo-linguístico e auditivo, busca demonstrar que a heterogeneidade das manifestações do TF pode estar relacionada às dificuldades em um dos processamentos o que resulta numa interação comprometida entre eles. O diagnóstico em geral, é feito por meio de aplicação de provas de linguagem e fala tais como fala espontânea, nomeação e imitação de palavras e sentenças, que são submetidas a uma análise fonológica, para identificar alterações em função da idade da criança. Provas complementares devem ser aplicadas para auxiliar no entendimento da alteração. Tais provas envolvem medidas cognitivo-linguísticos (Inconsistência de fala, Teste de sensibilidade fonológica (aliteração e rima), Provas de Nomeação Rápida, de Memória de curta duração, de segmentação de palavras e não palavras); de produção motora da fala (teste de estimulabilidade dos sons da fala ausentes no diagnóstico, a palatografia a taxa de articulação medida em fones por segundos, diadococinesia oral medida, análise acústica dos sons Eletroglotografia. Assim, entender qual dos processamentos está alterado e interferindo na interação entre eles, durante a avaliação diagnóstica, pode contribuir para uma classificação mais adequada do TF e, portanto a modelos de intervenção mais precisos.
Professora Doutora Haydée Fiszbein Wertzner Professora Associada do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, Faculdade de Medicina, Universidade de S. Paulo, Brasil
Professora Doutora Haydée Fiszbein Wertzner possui graduação em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de São Paulo (1977), mestrado (1986) e doutorado (1992) em Lingüística pela FFLCH Universidade de São Paulo e Livre Docência em Fonoaudiologia (2002) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Atualmente é Professora Associada do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional FMUSP. É Vice-Presidente da Comissão de Graduação da FMUSP. Coordena dois convênios internacionais, Escola Superior de Saúde do Instituto Tecnológico de Setúbal e Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve. É editora associada do periódico CoDAS. Foi Presidente da Comissão de Ensino e Coordenadora do Departamento de Linguagem da Sociedade Brasileira de Fonoaugiologia. Faz parte do Comitê de Educação em terapia de fala e linguagem da International Association of Logopedics and Phoniatrics. Tem experiência na área de Fonoaudiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: distúrbio fonológico, avaliação,intervenção.
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