MATEMÁTICA E POESIA
POESIA E MATEMÁTICA
 
 
6, 13 e 27 de
Junho de 2002
 
 
 
Dia 6 de Junho, Quinta-Feira
 
"O que é que a Ciência e Arte têm em comum"
 
Constantino Tsallis
 
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Rio de Janeiro - Brasil
 

Curso de Mecânica Estatística Não Extensiva, por Constantino Tsallis, realizado no Departamento de Matemática da Universidade de Aveiro de 3 a 6 de Junho de 2002.

Programa: Motivações históricas e científicas; Formalismo: entropia, equilíbrio, propriedades e teoremas centrais. Fundamentos dinâmicos: sensibilidade as condições iniciais, expoentes de Lyapunov, multifractalidade, produção de entropia, mapas uni e bi-dimensionais conservativos e dissipativos, sistemas hamiltonianos, distribuições anómalas. Aplicações: difusão anómala do tipo Levy e do tipo correlacionado, turbulência, altas energias, raios cósmicos, biologia, economia, linguística, optimização, etc. Problemas abertos em física, matemática, economia.

sítio

 PROBABILITY THEORY: THE LOGIC OF SCIENCE (E.T Jaynes)

Este trabalho de Edwin Jaynes é um enorme livro (apenas com publicação electronica) de Teoria das Probabilidades. Sendo no meu entender um trabalho a ter em conta para todos aqueles que estudam Teoria das Probabilidades, Teoria da Informação, ou simplesmente pretendem dar uma vista de olhos num livro fascinante. Escrito para alunos de licenciatura, tem determinados capítulos que exigem grande preparação matemática.

 

Morreu, aos 84 anos, um dos «pais» da comunicação moderna. Claude Shannon, matermático e informático, é o autor de teorias sobre a linguagem binária aplicada ao circuito eléctrico, que tornaram possíveis as redes de comunicação de massas. O matemático e informático norte-americano Claude Shannon, cujas teorias sobre a linguagem binária aplicada ao circuito eléctrico tornaram possíveis as redes modernas de comunicação de massas, morreu, aos 84 anos, anuncia hoje a imprensa dos EUA. Claude Elwood Shannon faleceu domingo no seu domicílio de Medford, Massachusetts, por maleitas originadas pela doença de Alzheimer. Nascido em Petoskey, Michigan, em Abril de 1916, este matemático e engenheiro electrotécnico de formação, passa à posteridade sobretudo por duas obras teóricas de primeiro plano que revolucionaram a disciplina da informação e fizeram dele, com o seu contemporâneo e mentor Norbert Wiener, fundador da cibernética, um dos pais do conceito de «comunicação» moderna».

Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso. É possível, porque tudo é possível, que ele seja aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo, onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém de nada haver que não seja simples e natural. Um mundo em que tudo seja permitido, conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer, o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós. E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto o que vos interesse para viver. Tudo é possível, ainda quando lutemos, como devemos lutar, por quanto nos pareça a liberdade e a justiça, ou mais que qualquer delas uma fiel dedicação à honra de estar vivo. Um dia sabereis que mais que a humanidade não tem conta o número dos que pensaram assim, amaram o seu semelhante no que ele tinha de único, de insólito, de livre, de diferente, e foram sacrificados, torturados, espancados, e entregues hipocritamente à secular justiça, para que os liquidasse «com suma piedade e sem efusão de sangue.» Por serem fiéis a um deus, a um pensamento, a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas à fome irrespondível que lhes roía as entranhas, foram estripados, esfolados, queimados, gaseados, e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido, ou suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória. [...]

Jorge de Sena

quem morre?

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções - justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.


Pablo Neruda

     

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